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Cardiologia20 setembro 2024

Tratamento eficaz da MASH em pacientes com diabetes tipo 2

Combinação de alogliptina e pioglitazona, melhorando a saúde hepática e reduzindo riscos cardiovasculares.

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Mantecorp Farmasa de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

Introdução

A esteatohepatite associada à disfunção metabólica (MASH), anteriormente conhecida como doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), representa um grave problema de saúde pública, especialmente em pacientes com diabetes tipo 2 (T2D). Essa condição pode progredir para cirrose hepática e está associada a um elevado risco cardiovascular. A combinação terapêutica de alogliptina e pioglitazona tem mostrado potencial significativo no tratamento da MASH em pacientes com T2D, oferecendo benefícios que vão além do controle glicêmico e incluem melhorias na saúde hepática e na redução de riscos cardiovasculares.

Mecanismos de ação

Alogliptina

A alogliptina é um inibidor da dipeptidil peptidase-4 (DPP-4), que atua aumentando os níveis de incretinas endógenas, como o peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1). As incretinas desempenham um papel crucial na regulação da glicose, promovendo a secreção de insulina e inibindo a liberação de glucagon de maneira glicose-dependente. Além dos efeitos glicêmicos, as incretinas possuem propriedades anti-inflamatórias e antifibróticas, que são benéficas para pacientes com MASH.1

Pioglitazona

A pioglitazona é um agonista do receptor ativado por proliferadores de peroxissoma gama (PPAR-γ), que melhora a sensibilidade à insulina no fígado e nos tecidos periféricos. Esse medicamento reduz a lipotoxicidade e a inflamação hepática, fatores críticos na patogênese da MASH. Estudos demonstraram que a pioglitazona pode modificar significativamente a histologia hepática, diminuindo a esteatose, inflamação e fibrose hepática em pacientes com MASH.2

Benefícios da combinação de alogliptina e pioglitazona

Sinergia terapêutica

A combinação de alogliptina e pioglitazona oferece uma abordagem multifacetada no tratamento da MASH. Enquanto a alogliptina melhora o controle glicêmico e possui efeitos anti-inflamatórios, a pioglitazona melhora a sensibilidade à insulina e reduz a lipotoxicidade hepática. Juntas, abordam os principais mecanismos patogênicos da MASH, incluindo resistência à insulina, inflamação e fibrose.

Evidências clínicas

Estudos clínicos têm demonstrado que a combinação de alogliptina e pioglitazona é eficaz na melhoria dos parâmetros hepáticos e metabólicos em pacientes com T2D e MASH. Em uma análise recente, pacientes tratados com esta combinação mostraram reduções significativas nos níveis de enzimas hepáticas, indicando menor dano hepático, e alterações na histologia hepática, com redução da inflamação e fibrose.1

Em um estudo clínico com 100 pacientes com MASH, 50 foram tratados com a combinação de alogliptina e pioglitazona. Após 24 semanas de tratamento, os pacientes apresentaram uma redução média de 30% nos níveis da enzima ALT e uma redução de 25% nos níveis da enzima AST, comparado a reduções de 10% e 8%, respectivamente, no grupo controle.1

Além disso, um estudo com 200 pacientes com T2D e MASH mostrou que a combinação terapêutica resultou em uma redução média de 15% na gordura hepática medida por ressonância magnética, em comparação com uma redução de 5% no grupo controle.2 Esses resultados sugerem que a combinação terapêutica não só melhora a função hepática, mas também exerce efeitos protetores no fígado.

Risco de evolução para cirrose e complicações cardiovasculares

Evolução para cirrose

A MASH é uma condição progressiva que pode levar à cirrose hepática em um número considerável de pacientes. A cirrose resulta da fibrose avançada e está associada a um risco aumentado de insuficiência hepática, carcinoma hepatocelular e mortalidade relacionada ao fígado. Em um estudo longitudinal com 500 pacientes com MASH, 20% desenvolveram cirrose em um período de 10 anos.3 A progressão da MASH para cirrose é mediada por processos inflamatórios e fibrogênicos, exacerbados pela resistência à insulina e pela lipotoxicidade hepática.2

Risco cardiovascular

Pacientes com MASH e T2D enfrentam risco cardiovascular elevado. A presença de MASH está associada ao aumento significativo na incidência de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Um estudo de coorte envolvendo 1.000 pacientes com MASH e T2D mostrou que 30% experimentaram um evento cardiovascular importante ao longo de 5 anos, em comparação com 15% em pacientes com T2D sem MASH.4 Esse risco é impulsionado por fatores como inflamação crônica, dislipidemia, hipertensão e resistência à insulina, comuns em pacientes com MASH e T2D.5

Conclusão

A combinação de alogliptina e pioglitazona representa uma estratégia terapêutica eficaz para o tratamento da MASH em pacientes com T2D. A sinergia entre esses medicamentos aborda os principais mecanismos patogênicos da MASH, resultando em melhorias significativas na histologia hepática e no controle glicêmico. Estudos clínicos sugerem também que essa combinação terapêutica não só melhora a função hepática, mas reduz o risco de complicações cardiovasculares, oferecendo um benefício clínico abrangente para pacientes com MASH e T2D. Dada a alta prevalência de MASH e o risco significativo de evolução para cirrose e complicações cardiovasculares, a implementação de terapias combinadas como a alogliptina e pioglitazona é uma alternativa para melhorar os desfechos clínicos nesses pacientes.

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Referências bibliográficas

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