A Infectologia é uma especialidade com uma gama ampla de campos de atuação e, por esse motivo, a formação acadêmica com bases sólidas é essencial para a carreira do infectologista.
Como muitas doenças infecciosas podem ter quadros semelhantes entre si e a de outras doenças não infecciosas, é importante que o médico infectologista esteja preparado para diferenciá-las. Um conhecimento consolidado na área clínica, adquirido ao longo da faculdade de Medicina, associado a um raciocínio clínico sistemático fornece um alicerce para a construção dos diagnósticos diferenciais.
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Hard skills
A residência médica é o momento para o aprofundamento de temas como cuidados com pessoas vivendo com HIV, antibioticoterapia e uso racional de antibióticos, medicina de viagem, imunizações e outras medidas de prevenção, cuidados com pacientes transplantados e com outras formas de imunossupressão.
Para os que atuam com pacientes hospitalizados em enfermarias ou em unidades de tratamento intensivo, outros conhecimentos são desejados, como manejo de pacientes críticos.
Além disso, a necessidade de atualização é contínua. Pesquisa e leitura de artigos e participação em Congressos, Conferências ou Simpósios são parte da rotina de educação continuada do infectologista.
Alguns procedimentos, notadamente punção lombar, são frequentes na especialidade e é importante que o profissional desenvolva expertise em sua execução.
O uso de ultrassom à beira leito também vem ganhando cada vez mais espaço, não somente na realização de procedimentos, como a punção de acessos venosos centrais, como para a realização de exames complementares, como avaliação de derrames cavitários, parênquima pulmonar ou nervo óptico.
Soft skills
Por ser uma especialidade que envolve muitos determinantes sociais, o infectologista deve estar preparado para lidar com diferentes contextos socioeconômicos.
Muitas vezes é necessário identificar fatores não biológicos que podem afetar o risco de desenvolvimento de doenças, sua evolução e a adesão e eficácia dos tratamentos instituídos.
Alguns diagnósticos, como o de infecção pelo HIV ou de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), podem trazer impactos psicológicos e sociais significativos. O médico infectologista deve desenvolver a habilidade de escuta ativa e prestar o adequado acolhimento para os pacientes.
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