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Carreira28 agosto 2024

Por que é importante conhecer a história do meu paciente?

A relação médico-paciente está no cerne da prática clínica. O profissional focado apenas nas habilidades técnicas terá pouco sucesso efetivo
Por Tayne Miranda

Uma boa relação médico-paciente está no cerne da prática clínica. Um médico que aprenda somente as habilidades necessárias para realizar um diagnóstico preciso terá pouco sucesso em ajudar seus pacientes.

Os atendimentos médicos precisam encontrar um equilíbrio entre conhecer a pessoa que busca nossa ajuda e coletar informações necessárias ao diagnóstico.

Conhecer a pessoa nos permite entender nuances sobre as vivências dos pacientes, sobre seus objetivos com o tratamento, reforçando o vínculo e a confiança entre médico e paciente, bem como aumentando as chances de que o plano terapêutico proposto esteja alinhado às expectativas dos pacientes.

A construção de sólida relação com os pacientes ainda evita litigâncias, uma vez que reclamações quanto à conduta ético-profissional estão entre as principais temáticas dos processos sobre atendimento médico.

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Como me conectar com os pacientes e suas histórias

O médico precisa estar consciente, focado e atento para compreender e conectar-se com as pessoas, dando plena atenção ao que o paciente fala e ouvindo-o sem interromper o curso do pensamento – pesquisas mostram que, em média, os médicos interrompem os pacientes em 11 segundos após o início do atendimento.

Isso requer que o médico se distancie de preocupações pessoais, distrações e preconceitos. Os pacientes podem fornecer mais informações médicas em suas respostas abertas, levando o profissional a fazer menos perguntas, porém mais bem direcionadas.

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Dicas

É necessário ouvir com todo o corpo, usando uma linguagem corporal receptiva. Se você está passando enfermaria ou visitando leitos, sentar-se é extremamente importante (sendo a prática relativa à linguagem corporal com maior evidência empírica). Ela aumenta as expectativas do paciente sobre a duração do atendimento e tem a percepção de que o médico está interessado em sua história.

Outra questão importante é considerar as situações da vida do paciente que influenciam sua saúde, capacitando o médico a compreender a perspectiva do paciente sobre sua vida.

O médico pode ainda explorar pistas emocionais por meio de expressões não-verbais do paciente (mudanças no tom de voz, na expressão facial, na linguagem corporal), estimulando que elas sejam verbalizadas, como por exemplo fazendo perguntas sobre como o paciente está se sentindo.

As habilidades interpessoais no contato com os pacientes devem ser continuamente desenvolvidas. Dedicar tempo em seu estudo e aperfeiçoamento é um diferencial importante na construção da carreira médica.

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Referências bibliográficas

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