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Dermatologia4 abril 2025

Uso da dermatoscopia no diagnóstico do carcinoma espinocelular 

A dermatoscopia, que é uma das técnicas diagnósticas não invasivas, é importante para o diagnóstico precoce do câncer de pele não melanoma

O carcinoma espinocelular (CEC) compreende o grupo do câncer de pele não melanoma e possui incidência crescente em todo o mundo. A dermatoscopia, que é uma das técnicas diagnósticas não invasivas e amplamente utilizadas, é importante para o diagnóstico precoce e manejo adequado das lesões. 

Dentro do espectro do carcinoma espinocelular, as ceratoses actínicas (CAs) são as mais comuns. Uma vez desenvolvidas, essas lesões podem seguir um dos três caminhos: regressão, persistência ou progressão para CEC in situ ou invasivo, sendo o risco deste último estimado em 0,1 a 20%. 

Desse modo, as CAs, o carcinoma espinocelular intraepidérmico e o carcinoma espinocelular invasivo têm apresentações dermatoscópicas significativas e distintas entre si. Reconhecer essas estruturas e diferenças facilita a identificação de lesões iniciais ou invasivas, o que impacta diretamente na decisão terapêutica. 

Leia também: Uso da dermatoscopia no diagnóstico do melanoma 

Uso da dermatoscopia no diagnóstico do carcinoma espinocelular 

Imagem de freepik

Possibilidades da dermatoscopia no diagnóstico do carcinoma espinocelular 

Na dermatoscopia das CAs podemos visualizar principalmente eritema e escamas, o que pode formar uma pseudo-rede vascular ao redor dos folículos pilosos na face. Vasos finos ao redor dos folículos e aberturas foliculares preenchidas com tampões queratóticos definem o chamado padrão “morango” descrito para a maioria das CAs da face. Outro achado é o sinal da “roseta”, visto com luz polarizada, que consiste em estrutura semelhante a um trevo de quatro folhas.  

Além disso, pacientes com fototipos mais altos tendem a apresentar lesões pigmentadas, enquanto aqueles com fototipos mais baixos tendem a ter lesões não pigmentadas. 

Esses achados são raramente encontrados nos carcinomas espinocelulares intraepidérmicos e invasivos. Neles, os sinais de queratinização como estruturas amareladas, áreas brancas sem estrutura e massa central de queratina estão mais presentes. 

Estruturas vasculares como vasos glomerulares e vasos em grampo associadas às estruturas de queratinização, são mais associadas ao CEC intraepiérmico, ou in situ. 

Já a presença de vasos lineares-irregulares, polimorfismo vascular, folículos pilosos targetoides, áreas brancas sem estrutura e ulceração foram significativamente associadas ao CEC invasivo. 

Saiba mais: Uso da dermatoscopia no diagnóstico do carcinoma basocelular 

Considerações finais 

Esses achados dermatoscópicos são úteis para o diagnóstico precoce e seleção adequada de lesões que necessitam de biópsia, além de contribuírem para a diferenciação entre lesões potencialmente mais invasivas e seu manejo adequado.

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Referências bibliográficas

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