Diagnóstico de lesão de alto grau de colo e não contido na vacina quadrivalente
Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Merck Sharp and Dohme de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.
Mais de 15 anos se passaram desde que a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) foi inicialmente implementada no mundo, e mais de cem países e territórios a introduziram em seus programas nacionais de vacinação.1,2 Nessas localidades, inicialmente foi adotada a vacina quadrivalente (HPV4), que contém as partículas semelhantes a vírus (VLPs) contra os tipos 6, 11, 16 e 18, e em alguns países seguiu-se a utilização da vacina nonavalente (VLPs contra os tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58). A partir de então, inúmeros estudos vêm demonstrando o perfil de eficácia dessas vacinas na prevenção da infecção viral, com importante redução das lesões relacionadas a esse vírus.3
Em nosso país, a vacina HPV disponibilizada no Programa Nacional de Imunizações é a quadrivalente. No entanto, a vacina nonavalente (HPV9) pode ser encontrada nas clínicas privadas de vacinação,4 sendo o esquema recomendado de administração:
- Meninos e meninas de 9 a 14 anos: 2 doses (0 e entre 5 e 13 meses);4,5
- Homens e mulheres ≥15 anos até 45 anos: 3 doses (0, 2 e 6 meses).4,5
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda, sempre que possível, o uso preferencial da vacina HPV9 e a revacinação daqueles anteriormente vacinados com HPV4, com o intuito de ampliar a proteção para os tipos adicionais.4
Caso clínico
Mulher jovem com diagnóstico de neoplasia intraepitelial cervical após vacinação com vacina quadrivalente.
O caso clínico em questão demonstra uma paciente já vacinada com HPV4 que desenvolveu NIC 3 relacionada ao HPV33, que não estava contido na vacina HPV4, e sim na HPV9.
Histórico da paciente
Dados pessoais
- Paciente de 30 anos.
- Negava comorbidades, tabagismo, cirurgias prévias ou uso de medicações atuais.
Motivo da consulta ginecológica
- Exames de rotina, não referindo qualquer sintomatologia.
História pregressa
- Ginecológicos e obstétricos – apresentava ciclos menstruais regulares, sem uso de métodos contraceptivos. Nuligesta.
- Sexuais – no momento, sem nenhum parceiro.
- Recebeu a vacina quadrivalente contra o HPV em 2016, com esquema completo.
Timeline: Consulta inicial (anamnese e exames)
Timeline: Consulta de retorno (1 mês depois)
Timeline: Consulta de retorno (exames complementares)
Prescrição: vacina nonavalente contra o HPV
Conclusão
Do exposto, as mulheres adultas que não foram contempladas com a vacina contra HPV na adolescência poderão ter benefícios de proteção se imunizadas com ou sem histórico de infecção pregressa.6
Agora com a disponibilidade da vacina nonavalente, temos a opção de proteger contra tipos oncogênicos não presentes na vacina contra o HPV quadrivalente.6
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