Na mesa sobre Perspectivas a respeito da prática e do ensino da sexualidade na América Latina, realizada no XVIII Congresso da Sociedade Latino-Americana de Medicina Sexual (SLAMS 2025), Milena Bayer, médica urologista, da Argentina, discutiu as lacunas nos currículos médicos relacionadas à inserção do tema sexualidade, ressaltando que a ausência de abordagem estruturada pode comprometer a formação e a atuação dos profissionais de saúde.
Sexualidade em redes sociais
Na sequência, o Dr. Eduardo Miranda abordou estratégias para trabalhar a sexualidade nas redes sociais, destacando o crescimento expressivo das plataformas de vídeos curtos. Segundo o palestrante, embora exista uma tendência ao uso de evidências científicas, grande parte do conteúdo publicado ainda privilegia opiniões pessoais, o que, apesar de problemático, transmite ao público uma sensação de autenticidade. Estudos já apontam que os profissionais de saúde precisam aprimorar suas estratégias de comunicação, tornando-as mais atrativas e assertivas, visto que informações equivocadas (“misconceptions”) tendem a ter maior alcance.
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A influência do discurso religioso sobre a sexualidade
Por fim, a Dra. Verónica Basso, do Uruguai, discutiu a influência do discurso religioso sobre a sexualidade. Ela lembrou que a sexualidade é moldada por fatores biopsicossociais e que aspectos culturais e espirituais podem influenciar significativamente esse modelo. Nesse contexto, destacou a importância de:
- Reconhecer a diversidade cultural (consciência);
- Validar a existência dessas diferenças (sensibilidade);
- Aprender sobre elas (competência);
- E exercer humildade cultural no cuidado e no ensino.
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