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Ginecologia e Obstetrícia5 abril 2023

Uso de baixa dose de aspirina na gravidez e risco de parto prematuro

Um estudo publicado no American Journal of Obsetrics & Gynecology revisitou os riscos do uso de aspirina na gravidez. 

O parto prematuro é definido como acontecendo antes de 37 semanas completas de gravidez. Crianças que nascem prematuramente giram em torno de 1 milhão de no mundo. Antecedentes de prematuridade são fatores de risco para novo evento em gravidez futura.  

O uso de baixas doses de aspirina está bem estabelecido pela literatura para eventos hipertensivos trazendo claramente benefícios nessas situações. O uso de aspirina com essa finalidade tem se mostrado eficaz na prevenção de partos prematuros nessas pacientes hipertensas que usam aspirina.  

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Em um estudo inicial pequeno com 406 mulheres (APRIL) não se havia visto mudança significativa para uso de aspirina. Entretanto o estudo foi pequeno para determinação de diferença entre grupos.  

Assim, um novo estudo publicado no American Journal of Obsetrics & Gynecology nesse mês utilizando 22.127 mulheres revisitou o tema.  

Nesse estudo com uma amostra maior, estudou-se como desfecho primário a ocorrência de parto prematuro numa segunda gravidez além de subdividir essa prematuridade em graus de gravidade: moderada com nascimento entre 32 e 36 semanas e prematuridade grave abaixo de 32 semanas. Tanto os partos prematuros de evolução espontânea (prematuro puro como aqueles com amniorrexe prematura) como aqueles partos com indicação de resolução por cesárea por condições clínicas foram incluídos.  

Entre as 22.127 mulheres o grupo que usou aspirina em baixa dosagem tinha em média 31,5 anos idade e IMC de 25,9 comparado com o grupo que não usou aspirina com 30,6 anos de idade e IMC de 25,0. 

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A incidência de parto prematuro numa segunda gravidez foi de 17,9% no grupo usando aspirina e 16,6% no grupo sem aspirina. Após os ajustes para fatores de confusão o uso de baixa dose de aspirina não reduziu o risco de gestações < 32 semanas (RR 0,75; IC 95%; 0,54 – 1,04) ou entre 32 e 36 semanas de gestação (RR 0,90; IC 95%, 078 – 1,03).  

Concluíram o estudo mostrando que a redução de reincidência de partos prematuros aconteceu somente no grupo menor que 37 semanas, mas não houve significância estatística nos grupos entre 32 e 36 semanas ou abaixo de 32 semanas que justifique o uso de aspirina em baixa dose.

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