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Infectologia22 janeiro 2022

Whitebook: como identificar a candidemia?

Esta semana, noticiamos mais um caso confirmado de Candida auris. Por isso, vamos abordar a apresentação clínica e diagnóstica da candidemia. 

Por Clara Barreto

Esta semana, noticiamos mais um caso confirmado de Candida auris no Brasil. Por isso, vamos abordar, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, a apresentação clínica e diagnóstica da candidemia.

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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é parte de uma conduta do Whitebook e é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

imagem digital de candidemia

Candidemia

A doença disseminada por Candida spp. se inicia com a progressão a partir da candidemia (patógeno detectado no sangue), a qual decorre a partir de algum sítio que deve ser investigado. A infecção sistêmica pode ser dividida em três subgrupos:

    • Candidemia sem envolvimento visceral ou profundo;
    • Candidemia com infecção visceral ou profundo;
    • Infecção visceral sem candidemia.

Apresentação clínica

Candidemia e candidíase disseminada: As manifestações clínicas variam de febre de origem desconhecida a sepse. Ao exame físico no cenário da disseminação hematogênica, pode-se detectar lesões nos olhos (coriorretinite com ou sem vitrite), lesões em pele (máculas, pústulas, nódulos necróticos e outros), e abscessos musculares (incluindo microabscessos). Sinais de falência orgânica podem também ocorrer mediante a evolução do quadro disseminado. Os fatores de risco para candidemia incluem: internação prolongada, internação em unidade de tratamento intensivo e imunocomprometidos.

Abordagem diagnóstica

Candidemia: Pode ser diagnosticada por cultura, a qual nunca deve ser compreendida como contaminante. A cultura apresenta baixa sensibilidade (~50%). As lesões em pele devem ser submetidas à biópsia para poder direcionar ao diagnóstico. O diagnóstico indireto pode ser obtido também por detecção de beta-D-glucana a partir do sangue ou fragmento de biópsia. A reação de polimerização em cadeia (PCR) para genes específicos de Candida spp. também apresenta boa acurácia, mas não está disponível em todos os centros laboratoriais.

Abordagem terapêutica

O tratamento oral ou endovenoso indicado depende do quadro clínico apresentado. A presença de candidemia confirmada indica obrigatoriamente o tratamento com antifúngico sistêmico, não somente remoção de cateter ou outros artifícios de invasibilidade. Os antimicrobianos com ação sobre Candida spp. variam entre azóis, equinocandinas, Anfotericina B com variação de susceptibilidade entre as espécies.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.
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