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Infectologia26 outubro 2019

Whitebook: você sabe diagnosticar corretamente a gonorreia?

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook, separamos a melhor conduta na abordagem diagnóstica da gonorreia.

Por Vanessa Thees

Essa semana, falamos no Portal PEBMED sobre alternativas de tratamento para gonorreia. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, separamos a melhor conduta na abordagem diagnóstica da doença.

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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

medica diagnosticando a gonorreia

Abordagem diagnóstica na gonorreia

No homem, a partir do material purulento, realiza-se a bacterioscopia com coloração de Gram para identificar diplococos Gram-negativos intracelulares em leucócitos polimorfonucleares, e cultura do gonococo em meio seletivo (Thayer-Martin modificado). O diagnóstico laboratorial de infecção por C. trachomatis e N. gonorrhoeae pode também ser feito por um método de biologia molecular (testes de amplificação de ácidos nucleicos – NAAT ou captura híbrida).

Na mulher, a coloração de Gram a partir de material obtido da endocérvice não apresenta boa sensibilidade. Para o diagnóstico da oftalmia neonatal gonocócica, faz-se o esfregaço de exsudato conjuntival e submete a coloração pelo método de Gram, com elevada acurácia. O uso do corante Giemsa permite o reconhecimento de inclusões intracitoplasmáticas de C. trachomatis; porém, essa técnica é de difícil aplicação na atenção básica. Outras opções incluem imunofluorescência direta para C. trachomatis no RN. O exame microscópico direto não é recomendado para o diagnóstico de infecções no reto ou faringe.

Os NAAT apresentam uma sensibilidade maior quando comparados à cultura, principalmente para amostras do reto e faringe. Entretanto, a especificidade pode ser baixa, sendo necessário o uso de um NAAT suplementar confirmatório.

Diagnóstico diferencial

  • Vaginose bacteriana;
  • Vaginite;
  • Gravidez ectópica (incluindo tubária);
  • Abscesso tubo-ovariano;
  • Endometriose;
  • Endometrite;
  • Cervicite mucopurulenta;
  • Epididimite;
  • Orquite;
  • Torção testicular;
  • Infecção urinária;
  • Faringite;
  • Hepatite;
  • Artrite séptica;
  • Conjuntivite não gonocócica;
  • Endocardite não gonocócica;
  • Meningite não gonocócica;
  • Uretrite não gonocócica;
  • Uretrite por herpes-simples;
  • Artrite reativa;
  • Artrite séptica não gonocócica;
  • Febre reumática;
  • Sífilis;
  • Lúpus eritematoso sistêmico;
  • Meningococcemia;
  • Tenossinovite;
  • Abuso sexual;
  • Tricomoníase;
  • Acanthosis nigricans;
  • Doença de Lyme;
  • Artrite psoriática.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.
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