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Medicina Laboratorial16 janeiro 2024

Autoverificação: saiba mais sobre a liberação automática de exames laboratoriais

A utilização de ferramentas de autoverificação está cada vez mais presente na rotina dos laboratórios, sendo muito eficazes e seguras.

Devido à crescente importância dos testes de laboratório para a tomada de decisão médica, a introdução de novos biomarcadores e metodologias, a necessidade de redução do tempo de resposta para a liberação dos resultados (turnaroud time) e a ampliação do acesso aos exames laboratoriais, o volume de pacientes/exames e a carga de trabalho nos Laboratórios Clínicos vêm aumentando consideravelmente nas últimas décadas.  

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Como exemplo, alguns grandes Laboratórios Clínicos do Brasil chegam a processar, mensalmente, mais de 10 milhões de exames. Tal marca só pôde ser atingida devido, além do aumento da capacidade de processamento e de equipamentos modernos, à introdução de processos automáticos de verificação e liberação de resultados, já que humanamente é impraticável a conferência individual (um a um) de toda essa quantidade de exames.   

Autoverificação e exames laboratoriais

A etapa pós-analítica e a autoverificação dos resultados   

A interpretação, revisão e assinatura dos resultados, classicamente realizadas por um profissional de laboratório de nível superior, compõem a fase pós-analítica dos exames, ou seja, aquela etapa imediatamente posterior à execução, e análise laboratorial propriamente dita (fase analítica).   

Todo esse processo de conferência de resultados, quando realizado de forma manual, é muito laborioso, subjetivo e de difícil padronização, além de depender da formação e experiência do profissional que está assinando o exame. Dado o grande volume de exames realizados, a evolução tecnológica e a necessidade de otimizar tempo e recursos, muitos laboratórios optam por utilizar ferramentas de verificação automática na fase pós-analítica.   

A autoverificação dos resultados utiliza uma série de algoritmos e regras pré-definidas, implantadas nas configurações do middleware e no sistema de informação laboratorial (SIL), que possibilitam a conferência e liberação automática (sem interferência humana direta) dos resultados processados pelos equipamentos, de forma validada e segura.  

Esses algoritmos são criados com base, além obviamente do valor do resultado em si, em múltiplas outras informações, como sexo, idade, intervalos de referência, valores de resultados críticos, dados do controle de qualidade, índices séricos (ex.: hemólise, lipemia, icterícia), delta checks (regra eletrônica que compara a diferença entre resultados sequenciais de um mesmo paciente em um limite pré-estabelecido).   

Ao utilizar todos esses recursos, grande parte dos resultados dos exames podem ser liberados automaticamente, otimizando e canalizando o tempo dos profissionais de laboratório para a interpretação dos resultados “anormais” que realmente necessitam de uma análise e revisão mais apurada.   

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Mensagem final   

A etapa pós-analítica é uma fundamental fase dos exames laboratoriais, sendo a última oportunidade de se identificar possíveis não conformidades no processo, concluindo a “jornada” do exame ao disponibilizar o resultado final ao paciente e seu médico assistente.   

Com a evolução tecnológica, a informatização/automação dos processos e o uso de inteligência artificial no Laboratório Clínico, a utilização de ferramentas de autoverificação está cada vez mais presente na rotina dos laboratórios, sendo muito eficazes e seguras – quando bem implementadas e validadas – ao que se propõe.  

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