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Neurocirurgia5 abril 2021

Pacientes com epilepsia terão Levetiracetam disponível pelo SUS

Pacientes com epilepsia podem utilizar gratuitamente o Levetiracetam, medicamento incorporado ao Sistema Único de Saúde – SUS

Por Úrsula Neves

Pacientes com epilepsia podem utilizar gratuitamente o Levetiracetam, medicamento incorporado ao Sistema Único de Saúde – SUS em maio de 2020, reforça a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE). O remédio inibe crises epilépticas e a entidade tem receio de que os medicamentos vençam antes de chegarem nas mãos de quem precisa e não pode arcar com os custos.

“Constantemente, a ABE recebe perguntas sobre a disponibilização do Levetiracetam pelo SUS, o que demonstra que muitos ainda estão gastando um dinheiro que muitas vezes não têm para comprar o medicamento. Receio que os remédios vençam antes de chegar nas mãos de quem precisa. Por isso, estamos agindo para que cada vez mais pessoas saibam que têm acesso facilitado a uma importante opção de medicamento para o controle de crises epilépticas”, afirma Maria Alice Susemihl, presidente da ABE.

Pacientes com epilepsia podem utilizar gratuitamente o Levetiracetam, medicamento incorporado ao Sistema Único de Saúde - SUS

Mais sobre o Levetiracetam

A epilepsia é uma doença neurológica crônica que tem a convulsão, a alteração transitória da consciência e a contração involuntária dos músculos do corpo. O Levetiracetam tem a capacidade de inibir crises epilépticas

O remédio contribui com a qualidade de vida de quem tem epilepsia, de crianças a partir de seis anos a adultos, e não respondem ao tratamento com apenas um tipo de anticonvulsivante.

Segundo especialistas, a incorporação desta medicação foi um marco importante no tratamento dos pacientes com epilepsia. O fármaco possui um mecanismo de ação exclusivo no SUS, que possibilita seu uso em associação às medicações mais comumente utilizadas pelos pacientes. Cerca de 70% dos casos de epilepsia são satisfatoriamente controlados com a escolha correta e uso adequado de fármacos antiepilépticos.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde divulgada pelo IBGE, realizada em 2019, 75% da população brasileira dependia do SUS, o que mostra, segundo a presidente da ABE, como é essencial que importantes medicamentos, como o Levetiracetam, estejam disponíveis para a população e que não podem arcar com esses custos.

Indicações

O uso de Levetiracetam no SUS está aprovado nas seguintes indicações:

– Pacientes com epilepsia focal e epilepsia primariamente generalizada, em adultos e crianças a partir de 6 anos (12 anos para crises tônico‐clônico generalizadas) como terapia adjuvante, em casos refratários à monoterapia com antiepiléptico de primeira linha;

– Crises mioclônicas, em pacientes com epilepsia mioclônica juvenil, como terapia adjuvante em casos refratários;

– Tratamento de crises epilépticas em pacientes com microcefalia causada pelo vírus zika, como terapia adjuvante, no caso de falha terapêutica de outros antiepilépticos preconizados neste protocolo.

Luta pela incorporação do medicamento

Desde 2018, a associação vinha lutando para que o Levetiracetam fosse incorporado ao SUS, sempre acompanhando os passos do governo, inclusive fazendo reivindicações relacionadas com a demora para a realização da compra.

“A ABE se sente vitoriosa por saber que o medicamento está disponível pelo SUS, mas a luta não acabou. Temos a missão de fazer com que a informação chegue até quem possui a doença, para que assim, nossa conquista de fato valha à pena”, ressalta Maria Alice Susemihl.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED.

Referências bibliográficas:

 

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