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Otorrinolaringologia21 novembro 2022

Highlights do Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia 

Confira um resumo das principais novidades apresentadas no Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia, que aconteceu em Porto Alegre.
Por Andrea Almeida

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com GSK de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

Entre os dias 17 e 19 de novembro, aconteceu o 52º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia, em Porto Alegre (RS), reuniundo experts nacionais e internacionais da área. A PEBMED, em parceria com a GSK, traz para você as novidades apresentadas e assuntos do momento na Otorrinolaringologia.  

Atualizações em rinite alérgica

A GSK produziu um simpósio satélite a respeito das novas publicações em rinite alérgica, trazendo um estudo utilizando o Consenso Delphi, que mostrou certa heterogeneidade das condutas para rinite, demonstrando que nem sempre o que está nos guidelines é a realidade do dia a dia.    Além disso discutiu também sobre o índice terapêutico dos corticoides nasais que reflete o intervalo entre a dose causadora de eventos adversos e a dose clinicamente eficaz. Então, quanto maior o índice terapêutico, maior a segurança da droga e menor a sua biodisponibilidade sistêmica. O furoato de fluticasona tem um IT de 101, enquanto a mometasona 66 e a budesonida 2,2. Foi levantado que, na escolha do corticoide nasal, devemos sim considerar questões como custo, gosto e praticidade do dispositivo, mas também devemos avaliar o IT, escolhendo uma substância segura e com baixa biodisponibilidade para nossos pacientes.   Confira: Videocast das principais atualizações em rinite alérgica

Imunobiológicos na polipose nasal

Um assunto quente nos Congressos de Otorrinolaringologia recentes é o uso de imunobiológicos na Rinossinusite crônica com polipose nasal (RSCcPN). Tema abordado na mesa redonda "Biológicos vs cirurgia vs corticóides" e em Simpósio satélite, palestras que trouxeram as indicações dessa linha terapêutica baseado na Diretriz para o uso dos imunobiológicos em Rinossinusite crônica com pólipo nasal, publicada no Jornal Brasileiro de Otorrinolaringologia em 2021.   Para indicar precisamos nos atentar a dois critérios: ter inflamação do tipo 2 e ter doença grave e não controlada. Após a indicação e início do uso paciente deverá ser reavaliado em 4-6 meses com ao menos dois critérios de boa resposta. Os critérios citados anteriormente podem ser encontrados aqui. Se for considerado como boa resposta, o tratamento deverá ser mantido com reavaliação a cada 6 meses.   São autorizados pela ANVISA para tratamento da RSCcPN tipo 2, o Dupilumabe e o Omalizumabe e outros estão em estudo. Considerações importantes são que ainda não temos parâmetros para predizer quais pacientes terão melhor resposta individual e qual seria o imunobiológico ideal para cada paciente. Além disso apresentam custo extremamente elevado e dificuldade de liberação pelos planos de saúde por não estarem no rol da ANS para esse fim, sendo liberado para pacientes com asma grave associada.  

Terapêuticas em distúrbios do olfato

Com a pandemia da covid-19 aumentaram significativamente os casos de pacientes com queixa de anosmia. A partir disso, o campo do olfato ganhou muita visibilidade, sendo trazido em cinco aulas e mesas redondas do Congresso, e com opinião de Otorrinolaringologistas brasileiros e internacionais que explicaram que grande parte das perdas de olfato se recuperam espontaneamente. Para aqueles que não recuperam, propuseram algumas terapêuticas. Foram abordados estudos sobre diversas substâncias e procedimentos utilizados que não se mostraram eficazes, como o zinco intranasal, zinco oral, acupuntura e estimulação magnética transcraniana. Outros tratamentos tiveram resultados equívocos e estudos não controlados, como o corticoide intranasal em spray, corticoide oral, ácido alfa lipoico, teofilina e vitamina A.   Já os que tiveram benefício para melhora do olfato foram o treinamento olfatório, irrigação com corticoide nasal em alto volume, citrato de sódio (melhora significativa, mas temporária) e Omega 3. Foi interessante avaliar que as recomendações brasileiras, mostradas na aula do especialista Marcel Miyake, foram semelhantes às recomendações da convidada internacional e pesquisadora de Stanford, Zara Patel.   Além disso, Patel desenvolveu uma pesquisa sobre a injeção de plasma rico em plaquetas (PRP) na fossa olfatória com melhora do olfato e passou a oferecer também essa terapêutica para seus pacientes refratários.  

Novidade em teste olfatório

Continuando na área de olfato, Marcio Nakanishi falou sobre um novo dispositivo para a avaliação do paciente com distúrbios do olfato: o Multiscent 20, que é um tablet que libera os odores em forma de jato seco. Primariamente desenvolvido para revendedoras de perfume, foi adaptado para a realização do teste olfatório. Após sentir cada cheiro, o paciente marca na tela a opção que reflete o que sentiu. O próprio dispositivo compila e fornece os resultados do exame com uma vantagem interessante de que o teste pode ser auto aplicado.  

Telemedicina

Ainda pensando nos campos que cresceram com a pandemia da covid-19 temos a telemedicina, assunto que o Congresso optou assertivamente por incluir entre as palestras, uma vez que se trata de uma modalidade de atendimentos em crescimento e com regulamentações bem determinadas. Foi abordada a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018 – LGPD) e as regulações adicionais do CFM que regulamentam a coleta e armazenamento de dados dos pacientes.   A telemedicina precisa ser exercida com princípios que incluem a autonomia do paciente e do médico, responsabilidade, ética e segurança. Foi considerado ato médico na telemedicina: aplicar o Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), registrar os dados da consulta em prontuário seguro, assinar digitalmente pelo padrão ICP – Brasil e emitir o comprovante de consulta do paciente.  A segunda aula nesse tema abordou questões mais práticas desse tipo de consulta, orientando um local adequado com privacidade para respeitar o sigilo médico, com boa iluminação e silencioso. Estruturar o pré atendimento, orientando o paciente previamente como deverá acessar a plataforma para a consulta e realizar o envio do TCLE. Abordou também atos que melhoram a relação médico-paciente como explicação clara, manter contato visual, usar o nome do paciente com frequência, não se levantar e manter a câmera na altura dos olhos.  

Novidades em otologia

Convidada internacional, Konstantina Stankovic falou sobre tratamento a nível celular na perda auditiva sensorioneural. A palestra foi coordenada por Eduardo Tanaka Massuda, que se referiu ao tópico como “o futuro da Otologia”.   Sabe-se que a orelha interna é formada não só por células ciliares e neurônios, mas também cerca de 30 diferentes tipos de células que, danificadas, podem causar perda auditiva. Então por que não estudá-las para entender a fisiopatologia e desenvolver novas terapêuticas alvo? É isso que a pesquisadora de Stanford está fazendo. Ela cita as limitações como dificuldade de imagens de alta resolução e biópsia da orelha interna e a falta de terapias medicamentosas para perda auditiva, que associa com as dificuldades inerentes ao desenvolvimento de novas drogas.   Nos seus estudos utiliza modelos animais para desenvolver novas técnicas de imagem da orelha interna, faz coleta de perilinfa para avaliação de citocinas possivelmente envolvidas e estuda drogas já existentes para reaproveitamento com propósito de terapêutica em perda auditiva sensorioneural.  

Cirurgia robótica em medicina do sono

Na área de medicina do sono foram abordadas as cirurgias faríngeas, sonoendoscopia , aparelhos intraorais, fonoterapia e cirurgias maxilares. Mas a novidade fica por conta do crescimento da cirurgia robótica transoral (TORS), com indicação para redução da base da língua, e supraglotoplastia em casos específicos com alteração dessa anatomia. Essa abordagem apresenta vantagens como uma visão mais bem detalhada de uma área de difícil acesso, permitindo segurança e um bom controle vascular. Também foi abordado o estimulador de nervo hipoglosso, não disponível no Brasil, mas indicando opções para o futuro. 
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