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Cardiologia15 janeiro 2025

Superando a inércia terapêutica no tratamento da miocardiopatia hipertrófica

Novas diretrizes e avanços para uma abordagem clínica eficaz

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Bristol Myers Squibb de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

A miocardiopatia hipertrófica (CMH) é a doença cardíaca genética mais comum, afetando pessoas de todas as idades e sendo uma das principais causas de morte súbita em jovens atletas. Com registros em 122 países, abrangendo 90% da população mundial, a CMH exige uma abordagem clínica eficaz para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir os riscos associados.

Nos últimos anos, houve avanços significativos na compreensão da fisiopatologia da CMH, nos métodos de imagem diagnósticos e nos processos terapêuticos. As novas diretrizes brasileiras de 2024 trazem atualizações cruciais que podem transformar a abordagem clínica, desde o diagnóstico até as opções de tratamento mais inovadoras. Essas diretrizes enfatizam a importância de métodos avançados de imagem, como a ressonância magnética cardíaca, e a abordagem multidisciplinar no cuidado do paciente.

A inércia terapêutica, que muitas vezes impede a implementação eficaz dessas novas recomendações na prática clínica, é um desafio a ser superado. As últimas novidades em medicações e intervenções, como a redução do septo por cirurgia versus ablação e o uso do CDI profilático, são estratégias preventivas para evitar a morte súbita.

O mavacanteno, um inibidor da miosina, surge como uma opção promissora para pacientes com CMH obstrutiva, especialmente quando os tratamentos convencionais não são suficientes. Estudos como o EXPLORER-HCM demonstraram a eficácia do mavacanteno em melhorar a capacidade funcional e a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, o desconhecimento sobre a droga e seu custo podem ser barreiras para sua prescrição.

Quando os tratamentos clínicos não são suficientes, terapias invasivas para redução do septo, como a cirurgia, a alcoolização septal e a ablação por radiofrequência, devem ser consideradas. Cada uma dessas opções tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha deve ser personalizada de acordo com as características e necessidades do paciente.

A prevenção da morte súbita é outro aspecto crucial no manejo da CMH. O CDI (Cardioverter-Desfibrilador Implantável) é uma ferramenta essencial para reduzir a mortalidade em pacientes de alto risco. A identificação correta dos pacientes que se beneficiariam desse dispositivo é fundamental, utilizando tanto a calculadora de risco HCM Risk-SCD quanto os algoritmos baseados em diretrizes atualizadas.

Superar a inércia terapêutica requer uma abordagem proativa e baseada em evidências. Isso inclui a incorporação de novas medicações, a consideração de intervenções invasivas quando necessário e a implementação de dispositivos que salvam vidas. Ao fazer isso, não apenas melhoramos a qualidade de vida dos nossos pacientes, mas também potencialmente salvamos vidas.

Autoria

Foto de Fernando Côrtes Remisio Figuinha

Fernando Côrtes Remisio Figuinha

Médico cardiologista formado pelo Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP. É editor e fundador do site de ensino CardioPapers. Atua como cardiologista no Hospital Dr. Miguel Soeiro – Sorocaba/SP. Secretário da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) regional Sorocaba.

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