Paciente hipertenso mal controlado dá entrada no setor de pronto atendimento com dor lancinante em membro inferior direito. Refere já ter dor na perna de longa data, mas que piorou muito nas últimas horas. Refere ser hipertenso, mas não sabe os remédios que faz uso. Refere ainda que fez cateterismo há três anos atrás, não sabendo o resultado.
Ao exame paciente encontra-se lúcido, com dor EVA 10 em membro inferior direito já comprometendo também o membro inferior esquerdo.
Apresenta taquipneia sem dessaturação, com ausculta pulmonar normal, o ritmo cardíaco é irregular e o paciente apresenta-se taquicárdico e hipertenso.
É atendido e medicado com analgésicos, melhorando a dor apenas após opioides. Foi reavaliado por outro médico horas após, ainda apresentando dor, cessando apenas com morfina.
Ao monitor apresenta ritmo de fibrilação atrial com frequência cardíaca de 132 bpm e pressão arterial de 240×112 mmHg. A saturação é de 93% em ar ambiente, as custas de uma taquineia (27 irpm). A ausculta pulmonar permanece normal.
Após morfina venosa, o paciente refere melhora da dor, porém relata não mais conseguir movimentar os membros inferiores. Não há resposta aos estímulos táteis e apresenta arreflexia crural bilateral. Os membros não são cianóticos, porém não se palpam pulsos, nem mesmo o femoral.
O ECG mostra ritmo de fibrilação atrial com sinais de sobrecarga ventricular esquerda:
Diante destes achados é possível formular uma hipótese diagnóstica, qual seria o diagnóstico mais provável?
ADissecção aguda de aorta
BEmbolia aguda de aorta distal
CSíndrome de compressão medular
DSíndrome de Guillain-Barré
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