Conheça a classificação TI-RADS da tireoide e o PI-RADS da próstata
A classificação BI-RADS® da mama você já conhece. Apresentamos, nesse guia, mais duas: o TI-RADS da tireoide e o PI-RADS da próstata.
Sabemos que na Medicina o que não faltam são classificações, utilizadas muitas vezes por padronizar o diagnóstico e também guiar as condutas a serem tomadas. Na Radiologia, a classificação BI-RADS® da mama é mais conhecida. Assim sendo, apresentamos a vocês as versões atualizadas e resumidas de mais duas: o TI-RADS da tireoide e o PI-RADS da próstata.
Classificação TI-RADS
Os nódulos da tireoide estão presentes em 10 a 41% da população, sendo mais frequente no sexo feminino e em idosos. São comumente assintomáticos e, na maioria dos casos, benignos. Há alguns anos, publicações já buscavam uma classificação das características ultrassonográficas dos nódulos da tireoide. Dessa forma, chegou-se ao Thyroid Imaging Reporting and Data System. O objetivo é agrupar os nódulos em diferentes categorias similar à usada em BI-RADS®. Assim temos:
TIRADS 1: glândula tireoide normal
TIRADS 2: condições benignas
TIRADS 3: nódulo provavelmente benigno (<5% de chance de malignizar)
TIRADS 4: nódulos suspeitos (5-80% de risco de malignizar)
-4A: malignização entre 5-10%
-4B: malignização em 10-40%
-4C: malignização entre 40-70%
TIRADS 5: provavelmente malignos (>80% risco)
TIRADS 6: nódulos malignos comprovados por biópsia.
Os fatores relacionados ao risco aumentado para malignidade incluem: faixa etária abaixo de 20 ou acima de 60 anos; crescimento acelerado do nódulo; consistência endurecida; entre outros.
Classificação PI-RADS
Proposta pela European Society of Uroradiology (ESUR), o sistema PI-RADS (Prostate Imaging Reporting and Data System) se diferencia por se basear em imagens de ressonância nuclear magnética e não em ultrassonografia como as já mencionadas. Basicamente é classificado em:
PIRADS 1: doença clinicamente significante altamente improvável;
PIRADS 2: doença clinicamente significante improvável;
PIRADS 3: doença clinicamente significante é equívoca;
PIRADS 4: doença clinicamente significante provável;
PIRADS 5: doença clinicamente significante altamente provável.
O contexto clínico do PIRADS seleciona lesão alvo para biópsia; seleciona melhor o paciente que necessita de vigilância ativa e programação cirúrgica/ radioterapia.
O tumor migra de PIRADS 4 para 5, quando:
- 1,5 cm
- Extensão extracapsular
- Invasão da vesícula seminal
Mensagem prática
Cada patamar da classificação define a conduta de observação, ponderar biópsia e biópsia dirigida. Vale a pena o médico generalista ao menos saber que essas classificações existem e que serão úteis na leitura dos laudos.
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