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Saúde8 novembro 2019

Câncer de mama: radioterapia intraoperatória pode ser mais eficaz

Novas abordagens vêm ganhando espaço no tratamento do câncer de mama. Essa tendência também aparece na radioterapia, com a radioterapia intraoperatória.

Por Úrsula Neves

Nos últimos anos, novas abordagens vêm ganhando espaço no tratamento do câncer de mama. Essa tendência também aparece na radioterapia, como a radioterapia intraoperatória (IORT), que leva em consideração os fatores de risco individuais e oferece mais conforto às pacientes.

Uma dessas novidades é o INTRABEAM®, que vem demonstrando bons resultados para quem as pacientes que procuram por um tratamento menos invasivo, com uma única aplicação logo após a remoção do tumor, ainda durante a cirurgia.

médico cirurgião segurando tesoura durante operação de câncer de mama

Como é a radioterapia intraoperatória no câncer de mama

Indicado principalmente para o câncer de mama em estágio inicial, o tratamento realizado com o equipamento acontece logo após a retirada do tumor, ainda no centro cirúrgico, desde que a paciente atenda aos critérios estabelecidos pelo cirurgião.

Um aplicador em formato esférico é posicionado no leito tumoral com a aplicação da radioterapia apenas nas áreas afetadas. O procedimento dura de 20 a 30 minutos em uma única sessão.

A aplicação não oferece riscos para a paciente ou à equipe médica, apresentando resultados clínicos equivalentes aos da técnica tradicional, mas promovendo a melhoria na qualidade de vida das pacientes, que retornam ao seu convívio social e às suas atividades cotidianas mais rapidamente.

Confira as vantagens:

  • Portátil;
  • Aplicado em uma única dose;
  • Diminui a necessidade de um tempo de radioterapia maior;
  • Proporciona maior conforto para as pacientes;
  • Não apresenta os possíveis efeitos colaterais, como vermelhidão, sensibilidade ou alteração na cor da pele, fadiga, irradiação para o coração e/ou pulmão.
  • Também pode ser utilizado em tratamentos da coluna cervical, é indicado para tumores superficiais no cérebro e também para variados tipos de câncer de pele.

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As pacientes da rede pública podem usufruir da tecnologia por através do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos hospitais que contam com o equipamento, em conformidade com a Portaria n° 1.354/SAS/MS.

Câncer de mama

De acordo com as últimas estatísticas mundiais do Globocan 2018 (BRAY, 2018), foram estimados 2,1 milhões de casos novos de câncer e 627 mil óbitos pela enfermidade.

No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama para este ano são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% dos cânceres em mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma. Em 2016, ocorreram 16.069 mortes de mulheres por câncer de mama no país.

Apesar das estimativas de sobrevida em cinco anos indicarem uma tendência de aumento em países desenvolvidos, ainda se observa uma grande disparidade mundial.

Segundo o Concord-3 (ALLEMANI, 2018), no Brasil, as estimativas de sobrevida em cinco anos foram de 76,9% (75,5 – 78) para o período de 2005 a 2009 e de 75,2% (73,9 – 76,5) para o período de 2010 a 2014.

Fatores relacionados ao conhecimento da doença e às dificuldades de acesso das mulheres aos métodos diagnósticos e ao tratamento adequado e oportuno resultam na chegada das pacientes em estágios mais avançados do câncer de mama, piorando o prognóstico e a sobrevida das pacientes.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

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