O hospital é um lugar seguro para trabalhar?
Os casos envolvendo a violência dentro dos hospitais são variados, e muita das vezes o médico acaba pagando por uma culpa que não é sua.
Parece cena de filme, mas é a realidade da segurança/saúde brasileira. Na madrugada de domingo, 19, mais de vinte bandidos armados invadiram o hospital Souza Aguiar, no RJ, para resgatar um traficante que estava internado e sob custódia da polícia.
Com pouco policiamento, no local tinham apenas dois policiais, profissionais e pacientes sofreram com a falta de segurança por parte das autoridades. Os casos envolvendo a violência dentro dos hospitais são variados, e muita das vezes o médico acaba pagando por uma culpa que não é sua. A falta de condições básicas para oferecer ao paciente gera uma insatisfação que, em dados momentos, é descontada no profissional de saúde.
De 2007 até o ano passado, o registro de casos de violência contra médicos cresceu em mais de 200%. Isso tudo é um reflexo das condições de trabalho que são dadas para esses profissionais. No início deste ano, fizemos uma publicação falando sobre a situação de abandono que os principais hospitais estaduais do Rio de Janeiro estavam vivendo, desde problemas de estrutura até a falta de insumos básicos.
As previsões para o futuro não são as melhores, como disse o novo ministro da saúde do Brasil:
“Não há recursos. Nós vivemos uma enorme crise fiscal. O meu esforço será fazer com que o governo pague os recursos que estão alocados no orçamento. Se o governo cumprir o que está no orçamento, nós cumpriremos todos os contratos que estão feitos, faremos todos os repasses. Agora, aumentar recursos eu não posso prometer”, afirmou Ricardo Barros.
Casos como esse do Rio de Janeiro, além de assustar, deixam em dúvida as reais perspectivas da classe médica quanto ao futuro da profissão nos hospitais públicos. A ausência de condições de trabalho pode colocar em risco, além dos pacientes, os próprios profissionais.
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