Uso de redes sociais está ligado a 45% dos casos de ansiedade entre jovens
Um estudo realizado pelo Instituto Cactus em parceria com a AtlasIntel revelou que o uso excessivo de redes sociais impacta a saúde mental de milhões de brasileiros.
Segundo o Panorama da Saúde Mental 2024, cerca de 50% dos entrevistados se sentem pouco atraentes, afetando o bem-estar emocional e aumentando o risco de depressão.
Entre jovens de 15 a 29 anos, 45% dos casos de ansiedade estão relacionados ao uso intenso dessas plataformas. A pesquisa destaca que passar mais de três horas diárias nas redes eleva em 30% o risco de depressão.
Avaliação da saúde mental em redes sociais
O usuários foram avaliados através de uma escala de 0 a 1.000 chamada de Índice Contínuo de Avaliação da Saúde Mental (ICASM) baseado no Questionário Geral de Saúde (GHQ-12 – General Health Questionnaire). O ICASM é calculado através de uma média simples dos resultados em cada uma de três dimensões averiguadas: Confiança, Vitalidade e Foco. Resultados próximos a mil são associados a situação ótima de foco, vitalidade e confiança.
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A pesquisa demonstrou que mulheres são mais afetadas pelos efeitos nocivos de redes sociais com ICASM médio ligeiramente menor que dos homens (669 contra 695).
Entre os jovens de 16 a 24 anos, 15% percebem um impacto muito negativo em seu bem-estar — cerca de 10% acima da média geral (valor de ICASM aferido de 575). Usuários diários do Instagram, nessa mesma faixa etária, apresentam o menor ICASM, 542, em relação a quem utiliza outras redes com a mesma frequência.
Do total de respondentes, 87% dizem acessar notícias e 64% procuram entretenimento. Quem consome notícias sobre famosos tem o menor ICASM médio (565), enquanto os que acompanham conteúdo esportivo têm o maior (645).
Quase 60% dos respondentes afirmaram fazer maior utilização no período da noite. Os mais ativos nas redes sociais de madrugada (4% das pessoas), em 53% dos casos, também sinalizaram ter dormido menos de seis horas três vezes ou mais nas duas últimas semanas.
Imagem de freepikSaúde mental x sono
Segundo a pesquisa, 72% dos participantes que dormiram menos de seis horas registraram um ICASM de 646, enquanto os 28% que dormiram mais de seis horas tiveram um ICASM de 776.
Além disso, 61% relataram forte sonolência diurna, com ICASM de 590, em contraste com os 39% que não sentiram sonolência, apresentando ICASM de 825. As mulheres foram 55% dos que sentiram sonolência e 51% dos que dormiram menos de seis horas.
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