A sibilância é o principal sintoma da asma e sua presença no início da vida, principalmente devido a infecções virais como rinovírus e vírus sincicial respiratório, é um importante fator de risco para o desenvolvimento de doença persistente ou recorrente.
Bactérias como Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae, que fazem parte do microbioma, também estão associadas a sibilâncias e exacerbações agudas de asma. A remodelação das vias aéreas começa entre um e três anos, mesmo antes da inflamação
atópica ou de um diagnóstico de asma, sendo influenciada por defeitos genéticos e
respostas a estímulos ambientais.
Infecções virais repetidas podem perpetuar a hiper-responsividade das vias aéreas, e a sensibilização alérgica tende a agravar a inflamação. No entanto, nem todas as crianças que apresentam sibilância com infecções virais desenvolvem asma persistente, com múltiplos fatores como gravidade da doença, etiologia viral e sensibilização alérgica influenciando a persistência da doença.
Recentemente, a revista Pediatric Allergy and Immunology publicou um artigo interessante que resume o conhecimento atual e os avanços na epidemiologia das infecções virais e da
asma em crianças, descrevendo o impacto de cada agente individual e os mecanismos
envolvidos na transição da sibilância recorrente para a asma. A revisão explora os
aspectos fisiopatológicos e os mecanismos que podem contribuir para essa progressão na
infância.
Neste episódio, Roberta Esteves, pediatra e conteudista do Portal, comenta sobre os principais pontos dessa revisão publicada recentemente na Pediatric Allergy and Immunology.
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Tópicos abordados no episódio:
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