Desafios da residência de Cardiologia
Toda residência médica é um desafio, dada a alta carga horária de trabalho e a necessidade de conciliar a residência com estudos e plantões externos. Entretanto, hoje vamos focar exclusivamente nas especificidades da residência em Cardiologia.
Especialidade sem acesso direto
Antes de prestar prova para a Cardiologia, precisamos fazer dois anos de residência em Clínica Médica. O desafio, então, é ter resiliência e topar mais dois anos de muito trabalho e dedicação.
Alguns médicos preferem emendar uma residência na outra para “não perder o ritmo”. Outros preferem respirar um pouco e prestar prova no ano seguinte, por exemplo. As duas escolhas são válidas e dependem do perfil e do momento de vida de cada um.
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Residência em hospital só de Cardiologia
Como citado no tópico anterior, todos os médicos que entram na residência de Cardiologia são especialistas em Clínica Médica. Essa formação é fundamental para a qualidade do serviço que será prestado a seguir, já que muitas residências de Cardiologia acontecem em hospitais exclusivamente cardiológicos. Ou seja, não existem médicos de outras especialidades no serviço. Assim, é você quem precisa manejar o paciente em todos os aspectos, considerando que o paciente “não é só o coração”.
Em alguns casos, são oferecidos serviços de parecer de especialidades como reumatologia e hematologia. Quando o parecerista não está disponível e o caso é muito complexo, a solução, muitas vezes, é pedir transferência do paciente para um Hospital Geral. Tudo isso requer muita dedicação e empenho da parte do residente.
Especialidade com múltiplas áreas de atuação
Na Cardiologia, as possibilidades de atuação são múltiplas: atendimento ambulatorial, visita hospitalar, terapia intensiva, atenção primária, etc.
O bônus disso: ter a possibilidade de escolha. Entretanto, existe o ônus: A necessidade de aprender a atuar com excelência em todas as áreas e de dominar habilidades completamente diferentes.
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Necessidade de atualização frequente
Todos os médicos, de todas as especialidades, precisam estar em constante atualização. Entretanto, na Cardiologia isso é ainda mais desafiador, já que se trata de uma das especialidades que mais têm atualizações dentro da Medicina.
Sendo assim, o residente precisa se organizar para estar sempre à frente dos novos estudos e diretrizes.
Conclusão
A residência de Cardiologia é desafiadora, mas rende bons frutos no futuro.
Uma boa base de clínica médica, mente aberta para desenvolver diferentes habilidades e esforço para se manter atualizado são os pontos-chave para uma boa formação.
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