No vídeo de hoje, Fernanda Rueda explica sobre como proceder em casos de suspeita de poliomielite advinda de outras doenças.
A poliomielite, uma infecção viral que raramente acomete o sistema nervoso central, foi responsável por quadros de paralisia flácida acometendo crianças nas décadas de 60 e 70. No entanto, após a eficiência do programa de vacinação brasileiro, foi erradicada do nosso país… ou talvez não?
Casos de paralisia flácida, principalmente em crianças, devem ser sempre investigados para poliomielite. E para isso, além da avaliação do liquor, deve-se proceder ao exame de ressonância magnética da medula, incluindo os segmentos cervical e dorsal.
A alteração clássica no exame de ressonância magnética é a identificação de hipersinal focal na sequência T2 na região da ponta anterior do H medular, ou seja, na região dos neurônios motores da substância cinzenta da medula, o que é chamado de “sinal do olho da coruja”. No entanto, apesar de típico, essa alteração radiológica não é exclusiva da poliomielite.
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Alguns vírus, como classicamente o Enterovirus B17, também é capaz de fazer tal alteração. Porém, no contexto brasileiro, é essencial considerarmos as arboviroses como causas de mielite dessa forma. Pacientes com dengue, Zika e Chicungunya podem ter esse padrão de acometimento radiológico. Portanto, frente às epidemias sazonais que surgem de tais arboviroses, todos esses diagnósticos devem ser pensados.
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